terça-feira, 9 de novembro de 2010
Será um desabafo ou uma ajuda pro TCC dela? rssss
sábado, 10 de julho de 2010
UROLOGIA
Todos sabem que a vida não é fácil, mas a vida fica bem mais complicada quando se é um tetra, aí sim, tudo fica uma loucura total. Se ficarmos esperando acontecer em nossas vidas, tudo que almejamos, com toda certeza só vai cair chuva do céu ou algum pombo vai tentar batizar a cabeça do ser vivente esperançoso.
E é justamente nessa corrida desenfreada, para ter o meu lugar ao sol e um pouco mais de qualidade de vida, que resolvi fazer uma reabilitação básica, com direito a talas, terapia ocupacional, urologia... opa... é aqui, na urologia que se inicia meu martírio. Mas como um tratamento pode virar um martírio?
Tudo começa por este ser vivente aqui (yo mismo), não ter um plano de saúde básico, depender do S.U.S (vulgo I.N.S.S... Isso Nunca Satisfará Sonhos).
Passo no posto médico, apresento a requisição para uma ultrasonografia da minha bexiga (Até aqui foi ligeirinho o processo). A atendente do posto olha para mim e diz: “Pronto Edson, assim que houver uma vaga ligaremos para você”. 4 Meses Depoooois... (A minha sorte foi que me deixaram esperando em casa)... toca o telefone: “Olá Edson... já marcaram seu exame”! (Pensa em um cara na cor bege... isso mesmo, eu), pasmei com o tal... JÁ... da atendente)).
Chego no local do exame, 7 hrs da madrugada, gente saindo pelo ladrão, e cada vez chegando mais. Sempre rola algo bom nesses infortúnios todos, me deram prioridade no atendimento. Entro na sala, um Dr. De idade avançada, com sotaque argentino, passa o gel frio em minha barriga, sonda recém fechada, quase deu pití no homem: “Sua bexiga está vazia, pinça a sonda e espera meia hora”. Tento explicar que não suporto tudo isso, mas foi em vão. Para os médicos, paciente nunca sabe nada! Dez minutos depois, dou o alerta. Deito na maca e o exame é feito. O argentino admirado de como encheu rápido minha bexiga: “Isso no ecxiste!”...(e eu que não sei de nada... bahh).
Remarquei a consulta com o urologista para levar a ultrasonografia. O Dr. Pergunta quantas infecções tenho por mês, devido ao fato de usar sonda permanente. Resposta: “A anos não tenho infecção!”. Mas coooomo??? (Eles sempre se admiram... rss). Como, eu não sei ao certo, mas não rola infecção de bexiga em mim.
Desço para Joinville – SC, mais uma consulta com um urologista. Pergunta vai, resposta vem e o cara insiste em retirar minha sonda permanente para passar a usar a de alívio ou CAT pois, a regra ou cartilha da urologia é essa.
Tenho contato com muitos portadores de deficiência física. 100% deles fazem o CAT e 100% deles vivem com infecção na urinaria. Usam remédios e antibióticos constantemente. Que me desculpem os urologistas, mas se um paciente se adapta melhor a um acessório, no meu caso a sonda de demora ou permanente, porque mexer no que vem dando certo, só porque a cartilha da urologia assim o manda?
Não incentivo ninguém a fazer o mesmo ou alterar o tratamento que vêm tendo, mas ás vezes certas regras são quebradas, não por teimosia e sim devido ao ajuste de cada organismo.
Retirar a sonda permanente, para mim, demandaria em ser assistido por mais pessoas pois, não consigo fazê-lo sem auxílio. Passar a usar fraudas para poder sair de casa com mais tranquilidade, sem fazer o CAT... impecílios pelos quais, todos que utilizam esse sistema, passam.
Logo vai rolar uma pequena intervenção cirúrgica em mim, para retirada de cálculos de minha bexiga, nada sério, mas necessário! Espero voltar logo, para contar os bastidores desse plantão médico para vocês! Saudades de todos... até mais!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
E o premio éeee???? ...R$ 1.000,00 (Hum mil reais)
Outro dia olhando sites, vi um interessante...
Pensa comigo, Diante disso tudo, um concurso muito legal, mas com a condição de se ter uma “Deficiência física” pra participar do concurso, até ai está beleza né? é preciso ser deficiente pra se ter a tal visão, enfim mostrar pra sociedade a “nossa” visão desse “mundo” ... Mas, tamanha sensibilidade, tamanho o resultado que viria a vir dessa foto, penso eu que seria “O Prêmio”, Porque é de uma sensibilidade tremenda que “o cara” iria eternizar em foto, mas, Nãoooo!!!!, o premio é de 1.000,00 para o 1º premio, poxa porque será esse preço, será que é porque é voltado pra pessoas deficientes? Poxa, só mil reais? Fiquei indignado...
Confesso que cheguei a pensar muito nisso quando li sobre a promoção, como faria essa tal foto??? Mas, pelo premio??? O Resultado foi o seguinte,
não me inscrevi... ¬¬
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Desculpe, não te ouvi!
Já li em uma chamadinha que “amar é entrar no tempo do outro”, penso que, na verdade, ñ se entra só no tempo, mas sim na vida, quase em seu todo, pois quando se inicia um relacionamento, se assimila a pessoa, seus familiares, amigos e até mesmo sua ocupação.
A quase 7 meses namoro com uma garota linnnda, não somente na aparência, mas também em seu jeito de ser, de agir, no seu caráter. Nesta mesma linha entra sua ocupação, interprete de Libras á 16 anos e atualmente atua em uma instituição de ensino superior, acompanhando dois alunos com deficiência auditiva e inúmeros eventos necessitam de interprete em Libras, seja em empresas, igrejas, etc.
Em uma época em que tanto se fala em inclusão, eu não poderia deixar passar sem comentar essa atividade que é a inclusão personificada.
O interprete de Libras não somente interpreta as palavras, ditas pelo ser falante, passando para a Língua de Sinais para o deficiente auditivo, mas no momento em que interpreta, o interprete de Libras passa a ser a pessoa falante, nesse caso em específico, o profº ou profª que está em sala de aula. Muitas vezes tenho ouvido o relato dela (a namorada interprete de Libras), de como se sente ao interpretar certas pessoas. Algumas, com um prazer imenso, pois são pessoas de gabarito, que sabem o que dizem e com sabedoria. Outras, só por Deus e por obrigação mesmo, pois são pessoas descapaitadas para estarem em uma instituição de ensino. (Sorte que esse último ser é a minoria, para a alegria da interprete... RSS).
Fui a algumas reuniões onde a vi interpretar para alguns surdos. A intensidade dos gestos, da emoção passada, através dos gestos manuais e também das expressões faciais, é de fazer as emoções aflorarem. Nem preciso falar que fiquei de olhos marejados de lágrimas. (chorei mesmo... RSS). O desgaste físico e mental é imenso, pois o interprete ouve, assimila e gesticula. O grau de concentração é comparável com os controladores de vôo, nas torres de controle aéreo. Interpretar mais de uma hora e meia é quase desumano, devido a tal grau de concentração.
Também tenho tido a oportunidade de falar com alguns surdos que fazem leitura labial. É algo Surreal demais (perdendo para Salvador Dalli..), saber que aquela pessoa, de frente contigo, não escuta nada do que se pronuncia, ou barulhos ao seu redor, e mesmo assim te responde com um timbre de voz forçada, fanhosa até, devido ao fato de não escutar sua própria voz. (Experiência única e prazerosa).
Outra coisa que tenho visto, pois tenho auxiliado na confecção de um livro que a namorada está escrevendo sobre o universo da surdes é, como os surdos se organizaram para terem seus direitos e os fazerem valer nas instituições ou em qualquer lugar ou evento onde estejam. Local de trabalho e palestras também fazem parte desta lista. Sempre haverá um interprete junto a eles, para auxiliar a compreender o que está se passando ao seu redor.
A luta pela inclusão dos portadores de deficiência física deveria, obrigatoriamente, se espelhar na organização da comunidade surda, a nível mundial, pois é a que mais conseguiu resultados devido ao fato de estarem lutando por seus direitos, unidos como um só corpo, e não disperso.
Hoje APLAUDO DE PÉ esta profissional, Erelisa Vieira (Interprete de Libras), que escolhi para homenagear e representar a classe dos interpretes de Libras. Profissionais que emprestam seus corpos, na interpretação, para que outros, os surdos, possam ouvir em meio ao mais profundo silêncio e ter voz em um mundo de diferenças.
Se quisermos resultados diferentes, façamos coisas diferentes.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Mas, "Eu sou brasileiro, e não desisto nunca!!"
O Progresso...
É isso que aí que gente vê nas TVs, nos jornais, em revistas, a série de discursos, infinitas matérias, milhões de propagandas políticas, relatando o tal progresso do Brasil, na produção de petróleo, c/ a exportação de café, de carnes, enfim, coisas que rendem muita, muita grana...
Mas espera aí, eis que me deparo com uma questão, cadê o progresso na questão do deficiente? Como é que eles vivem, estão sendo amparados? E a população, quantos são?
É fato que o nosso Presidente criou várias leis que beneficiam o deficiente, afinal, nada mais justo né? Leiam isto...
“Mais de 24 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Cerca de 16,5 milhões possuem deficiência visual, 8 milhões possuem deficiências de locomoção, 5,5 milhões possuem deficiência auditiva, e quase 3 milhões possuem alguma deficiência mental. Freqüentemente é dito pelos meios de comunicação que há grande carência de obras adaptadas ao deficiente no Brasil e nenhuma campanha específica nacional para resolver o problema”. (Fonte: Wikipedia)
Não é nada legal isso. Vemos escancaradamente o grande crescimento da população de pessoas com deficiência no Brasil, a maioria por causa de “acidentes” e, mesmo assim, não há na mídia, campanhas contra acidentes de trânsito ou programas de incentivo à educação no trânsito. Também não há campanhas relacionadas à prevenção de acidentes em diversos outros setores, no trabalho, no lazer, etc, mas para fazer propaganda do tal progresso, gastam muito...
Infelizmente, com tudo isso, e também com essa falta de ação na questão “preventiva de acidentes”, esse numero há de aumentar a cada ano. É o que queremos? Uma população ainda maior de deficientes? Isso é inevitável. Então, vamos somar nossos lucros com petróleo, com nossa agropecuária, nossos minerais, nosso desenvolvimento financeiro. Certo? Errado...
“Freqüentemente, é dito pelos meios de comunicação que há grande carência de obras adaptadas ao deficiente no Brasil e nenhuma campanha específica nacional para resolver o problema”. (Fonte: Wikipedia)
Segue uma frase interessante...
"Me considero um portador de deficiência", diz Lula sobre dedo amputado
Link Folha Online: http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u712013.shtml
Bom, se o presidente, vosso excelentíssimo, se sente um “Portador de deficiência” porque não agiu e fez alguma coisa nesse sentido? Analisando tudo isso, não vejo muito progresso nessa área. Será? Com todo esse poder, só falar e não agir, isso sim me desanima demais. Aí sim, nesse assunto, me vejo um coitadinho, desamparado “pelo governo”.
Nosso presidente disse se considerar um deficiente físico, mas ainda que ele viva em um país imperado por um preconceito pré-histórico, não fez nada que pudesse melhorar a situação de exclusão que todas as pessoas com deficiência vivem.
Acho muito digno a gente saber que estamos nos desenvolvendo e nos destacando em diversas áreas comerciais e industriais, excelentíssimo. Enfim que estamos “progredindo”, mas que tal o Governo parar só um pouco de mostrar o que vem dando certo pra olhar pro que está “cambando”?
É muito injusto isso. Tem aquela velha frase que diz: “a gente só se dá conta, quando acontece com a gente”. Estou sendo muito bruto? Mas é a realidade. Será que é preciso um parente, um amigo, alguém bem próximo de alguns desses políticos vierem a se acidentar para que eles se dêem conta do quanto de acidentes podem ser evitados com simples campanhas educativas? Ou mesmo fazendo alguma atividade e vier a ter seqüelas? Assim como você Presidente? Pode acontecer? podeee!
Mas, acho difícil, afinal os mais próximos de voce, seus parceiros políticos, e os familiares deles, os amigos deles, estão lá engravatados, com aquele rabinho preso dentro da “Big Mansion”, no Congresso, tomando cafezinhos, c/ ar condicionado, paparicado por “nossos empregados” ajudando a torrar nosso dinheiro, enfim, o mínimo que pode acontecer, é o teto do Congresso desabar, mas isso sim é difícil né?:P
Então, queremos que o Brasil cresça, seja forte e autossustentável, temos condições pra isso, só precisa mudar essa política que só quer passar imagem de que está tudo “bonzinho”, só arrecadar mais e mais com a sua máquina descontrolada de arrecadação de impostos, e em troca, abandona a questão do deficiente na sociedade. Fora isso existem muitas outras questões que também estão ao “Deus dará”.
Quando a gente quer alguma coisa, é preciso um movimento aqui, outro ali, pra que uma lei ou outra seja aprovada, mas, a real é que as pessoas com deficiência no Brasil, estão cambando pra conseguir viver. A gente grita, grita e ninguém atende, então, um brinde ao petróleo, um brinde ao progresso, mas vem cá...
Se você Excelentíssimo "presidente" se sentiu como tal “uma Pessoa com deficiência”, e não olhou melhor pra esse lado, meu Deus, quem vai fazer?
segunda-feira, 22 de março de 2010
Cuidadores Empresariais
As empresas com mais de 100 funcionários são obrigada, por lei, ter em seu quadro de 3% a 5% das vagas reservadas para portadores de deficiência física. Caso esta determinação não seja cumprida, as empresas estão sujeitas a multas altíssimas, dependendo do porte da empresa.
Devido à falta de capacitação e escolaridade, da grande maioria dos deficientes físicos, unida à falta de educação cultural brasileira, as empresas preferem pagar a multa ao invés de capacitar e contratar.
Algo que é notório nas empresas é a falta de estrutura pessoal para essas contratações. O que quero dizer com isso? Na estrutura física se torna fácil mexer (rampas, móveis, banheiros), acessibilidade básica. A estrutura pessoal é mais complexa, pois implica no treinamento de um cuidador para estar auxiliando um grupo de no máximo 5 pessoas, portadoras de deficiência física, para estarem desenvolvendo suas atividades profissionais, sem a necessidade de se locomoverem com muita freqüência de seus locais de trabalho.
O trabalho dos cuidadores estaria restrito a este grupo, em específico, auxiliando a chegar em suas baias, algum material que não esteja ao alcance e que se faça necessário, conduzir ao refeitório e retornar. No caso de pessoas com um comprometimento maior de mobilidade, como paraplégicos e tetraplégicos, auxiliando no alcance de água e na alimentação.
A Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, dispunha de cuidadores para alguns portadores com síndrome de down que faziam parte do quadro de funcionários e desenvolviam um trabalho repetitivo (colocar certos parafusos, em algumas peças).
A Renault tem, em seu quadro de funcionários, deficientes físicos, auditivos e visuais. No caso dos visuais, as pessoas do refeitório, auxiliam no preparo do prato e no corte de alguns alimentos, verduras e carnes, mas não dispõe de um cuidador que possa auxiliar um tetraplégico a chegar ao refeitório, se alimentar ou a se hidratar.
Nas escolas hoje temos por lei, interpretes em linguagem de sinais (libras), para os deficientes auditivos, mas como vamos colocar mais portadores de deficiência física no mercado de trabalho se não houver também cuidadores nas escolas? Nem sempre se consegue amigos dispostos a copiar a lição, ou professores capacitados e empenhados ao ensino especial.
O papel do cuidador é fundamental nesses locais, pois se não obtiverem apoio, nesses pontos estratégicos, a inclusão se tornará praticamente impossível.
quarta-feira, 17 de março de 2010
A inclusão começa pela acessibilidade... "ir e vir", entende?
Quando se pensa em pessoas com uma limitação física como a minha (que perdi o movimento das pernas por lesão)”, a primeira coisa que nos vêm à mente é que a sua maior necessidade é cadeira de rodas, pra se locomover e se tornar menos dependente, certo? Certo!!
Mas não paramos por ai, não somos só isso. É fato que nós os “Cadeirantes” possuímos essa peculiaridade de depender da cadeira, afinal não podemos andar com nossas pernas não é mesmo? ...mas apesar de “não andar” nós temos sim, as vontades, e os desejos como todo mundo os tem, de estudar, trabalhar, namorar, de ir a um parque, freqüentar praias, ir pra balada, papear com a galera em barzinhos, visitar os amigos que moram longe, ir á shoppings e entre taaaaanntos outros!!!
Sim, mas a grande verdade é que o cadeirante pra realizar tudo isso, precisa sair de casa, certo? Então, ao tentar sair de casa, e é preciso ter “coragem”, principalmente aos finais de semana, ele (o Cadeirudo) tem de ter uma paciência enorme, eu particularmente já me vi a ficar horas em um ponto de ônibus, conseqüentemente é claro que já me vi chegando muuuuitas horas atrasadas aos meus compromissos, puramente por ser o tal “cadeirante” . Mas cadê os ônibus que tanto falam? O Fato é que, na cidade onde moro (SP) tá um verdadeiro caos, o transporte público não funciona, os ônibus estão sempre lotados e pelo que se vê isso vai demorar e muito pra melhorar .
Agora imagina um cadeirante tentando entrar ou sair de um ônibus nesse estado de super lotação? E em horário de pico que piora ainda mais?Difícil né? Mas mesmo assim de “vez em sempre” estamos dentro de um deles, com a tal da “coragem” :P
Além dessa paciência que a gente precisa ter, é preciso calma, mas como vamos nos acalmar quando estamos à uma hora em um ponto de ônibus sendo que já poderíamos estar no destino senão fosse tamanho o descaso com essa falta de ônibus acessível, ou super lotados.
Mudando um pouco, mas dentro dessa questão...
Eu já me vi também muitas vezes também pedindo ajuda pra subir uma calçada ou alguns degraus pra se entrar em algum local, todo mundo sabe que a falta de acessibilidade é uma das questões que afugenta e muito os cadeirantes de sair de casa, coisas do tipo;
- Vamos pra o lugar tal? E você responder, como é a questão de acesso lá, é suave para cadeirantes? “Não” !
- Ah então não vou, vou ficar em casa mesmo!
Chato né?
Mas, deve ser por isso que essa “tal” inclusão esta vindo a passos lentos, tentam fazer algo relacionado, mas não preenchem os requisitos mínimos que são os de ir e vir pra “todos”, nos dão vagas de empregos, mas nos dão um programa de transporte nomeado de “ATENDE” que não consegue atender a necessidade da grande maioria dos portadores de deficiência, pois são poucas vans e é muito grande a fila de espera, então, “vam’bora” enfrentar a humilhação, da grande maioria das “pessoas”, ir e voltar do trabalho, dos passeios, dentro de ônibus superlotados” c/ a cadeira e tudo, “Pessoal aperta aí que eu quero entrar!”
Eles até que tentam, nos dão desconto pra comprar carros 0 km mas peraí, como assim “carro 0km?” que tal desconto é esse? Quantos % da população de cadeirantes no Brasil possui renda pra comprar um carro 0 km? Isso é tão incoerente que chega a ser insana, pois o desconto é ofertado pelo governo certo?!?!
Será que esse mesmo governo não fez uma “pesquisa de mercado” e viu em seu banco de dados que um numero expressivo de deficientes que constam lá não tem renda que de para comprar nem um carrinho de plástico na feira, quem dirá um carro de verdade e 0 km!! Porque eles não ajudam a começar no sentido de optarmos por um carro usado?
Como nada é impossível, conversando com cadeirantes que conseguiram essa façanha, a frase típica que se ouve é :
“Cara, eu sou outro após a aquisição desse carro, facilita e muito pra mim, hoje faço de tudo, vou pra qualquer lugar!”
Enfim, a cadeira de rodas ela é imprescindível para nós que necessitamos dela para varias atividades, ela é nossa companheira, dependemos dela pra nos levar até os locais, ela é apenas o nosso “passe de liberdade”.
Mas hoje em dia um portador de deficiência está tão aberto ás novas oportunidades, á uma série de atividades que se adaptam a cada dia pra que ele venha a participar de forma a se reabilitar, se incluir também , seja com a pratica do esporte ou ter condição de trabalhar, poder estudar, e isso tudo realmente, nos traz como benefício primordial a saúde física e mental. Pois é bem verdade que as doenças se instalam em quem não se mexe. É como um ciclo, Pessoa + cama + mundo fechado + s/ atividades = cabeça vazia + depressão + não dá fome + não dá sede de água, = corpo fica c/ resistência baixa + vem uma doença aqui outra ali...
Resultado = “tá nas ultimas”
Essa situação se torna diferente quando se tem a oportunidade de se “rodar por aí”, ter uma vida social ativa, buscar responsabilidades, respirar novos ares, isso sim nos dá aquela vontade de viver, nos dá a fome, repomos as energias, saciamos a sede e a fome de viver a todo momento, mas poxa, eu vivo em uma cadeira de rodas? Putz nem percebi =)
A acessibilidade 100% é a chave pra dar inicio a essa tal “inclusão”. Essa barreira sendo quebrada vai fazer com que os deficientes saiam de sua casa, seja pra tomar um café no supermercado, ou fazer compras em shoppings, ir ao parque com a família, almoçar e jantar fora, estudar, trabalhar, enfim, fazer o que todo mundo faz diariamente, coisas simples da vida, mas que fazem uma diferença enorme pra quem se sente excluído.
Acessibilidade, sendo ela a pé, de carro, de ônibus, ou seja lá o tipo de transporte que for, sendo digna já nos é o bastante, precisamos de rampas, calçadas mais bem cuidadas, só assim pra gente poder ir e vir, “rodar por aí” e isso não é luxo, é necessidade!
Enfim, a cadeira de rodas é imprescindível sim, mas a acessibilidade também!!!
domingo, 14 de março de 2010
Atitudes certas, conceitos errados!
Em outros tempos, deficientes assim como as bruxas e outras figuras que fugiam do padrão, eram jogados na fogueira, mais tarde esses eram condenados a exclusão total em ilhas e localidades do gênero, seguindo a linha do tempo, esses continuaram na exclusão, mas em um tempo era em suas casas mesmo, por que na cidade havia muitos paralelepípedos, mas todos pintados de branquinho, viu?!
Até que um grupo aqui outro acolá começaram a colocar suas caras na rua, reivindicar seus direitos e assim fizeram leis, e engrossaram o caldo, não importa se com rodas, ou a passos lentos, não importa se tem uma garganta forte para acompanhar a banda, ou se não vê as cores vibrantes desse movimento, ou ainda se no silêncio da surdez segue o compasso da musica, o importante é não ficar vendo a banda passar!
É os tempos mudaram, com avanços da tecnologia, nas pesquisas da saúde, na economia, e nas questões sociais, é inegável que houve um verdadeiro “up” de informações no século marcado pela liberdade de sexual, a liberdade de escolha, de expressão. Quem a 15 anos atrás diria que em um programa de canal aberto teríamos um gay, uma lesbica, um transformista, pessoas tatuadas ou até uma cadeirante em horário nobre vivendo um romance?!?!
Mas ainda assim topamos com uma palavrinha, conhecida de muitos:
preconceito . [De pre- + conceito.] S. m. 1. Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. P. ext. Superstição, crendice; prejuízo. 4. P. ext. Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.
Uma historia interessante que vivi recentemente me fez refletir; em uma roda de amigos não muito amigos, a moça fala, então eu tenho um amigo o fulaninho ele é cadeirante, e ele começou a gostar de mim de maneira diferente, e eu deixei bem claro que não tem nada a ver! Mas sabe quando você deita no travesseiro e não quer pensar, por que na verdade o fulaninho é lindo demais, inteligente e bla bla bla, mas nem sei, não quero pensar para não concluir que embora ele seja interessantíssimo, foi dispensado por puro preconceito!!! DETALHE ela é psicóloga!
Outra...
Uma amiga cadeirante me fala:
Você acredita que a fulana que é amiga do meu namorado, passou o final de semana conosco e no trabalho perguntou para ele se ele não tem vergonha de sair comigo?! DETALHE ela(a fulana) é terapeuta ocupacional!
Outra...
Pergunto para uma pessoa que é extremamente envolvida no movimento de pessoas com deficiências e tal (famosa infiltrada), você namoraria um cadeirante?!
- Ahhhh não, tenho muito que viver ainda! DETALHE além de ativista no movimento é enfermeira!
* Cada um tem o direito de namorar com quem quiser, o que me assusta é achar que a outra pessoa por ter uma característica diferente vai te prender, não vai deixar você viver!
Agora vivencia pessoal:
Uma amiga fala:
- Olha quando você me contou que seu namorado era cadeirante, juro que fiquei até sem ar, e me perguntando como assim?! Como alguém pode namorar com uma pessoa que nem anda!
Outra pessoa:
- Ainda bem que você reavaliou essa historia, por que é MUITO difícil estar com uma pessoa assim, ia atrapalhar sua vida!
DETALHE nesses dois casos pessoais ambas as pessoas a principio me “apoiram” com o namoro, e esses tem curso superior e pós graduação!
O que me faz crer, que certa é a Ingrid (da novela viver a vida) que deixa claro que não tem informação sobre a condição da nora (tetraplégica), mas não mascara, desaprova e fala! E ela esta no direito dela esbravejar se ela quiser! Ao menos quem esta perto sabe onde esta pisando, pois ela é sincera!
O pior preconceito não é do ignorante, é daquele que tem acesso a informação, aquele que prega a liberdade e igualdade diante da diversidade, o preconceito mais escancarado é que nos chega mascarado, que nos batem a porta com um sorriso doce, daquele que se coloca ao seu lado, mas o pensamento dele esta do lado oposto.
Quando queremos mudanças, não devemos buscá-las nas leis, nas rampas, nos banheiros amplos, nos pisos táteis, nas legendas, a primeira mudança começa dentro de nós mesmos, se a nossa sementinha não recebe oxigênio livre de contaminação do meio, não podemos querer bons frutos!
Comece mudando seu coração, avaliando suas atitudes, para então buscar a mudança do mundo!
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domingo, 7 de março de 2010
“O Churras dos amigos do Blog Assim como você”
Sábado de manhã, uma noite mal dormida, (ansiedade é mato ne?) São Paulo da garoa,das enchentes e em mais uma manhã chuvosa, pra completar um leve e incomodo torcicolo, e se joga da cama mais um mal’acabado, pra que? Pra um novo encontro com a galerinha de infiltrados e mal acabados, “Os amigos do Blog Assim como você” do meu querido Jairo...
Viagem longa, cansativa, até o carro da amiga Debs atolou hahaha! Mas até que foi engraçado, o cara que parou o carro pra ajudar a desatolar ficou me olhando ali sentado dentro do carro sem ajudar as meninas, é, 3 mulheres no carro que saíram pra tirar o carro da lama, e o cara ali sentadão de boa (risos) , mal sabia ele que o mal’acabado aqui não podia andar , hilário, mas depois de chegar no seu destino é como se nós víssemos um oásis quando se está com sede de um banho, ou de beber, será que era a velha Cachaça?rs... é, era ali o nosso destino, A chácara do Lúcio..
Ali já se encontravam vários personagens, pessoas que em momento de descontração e descobertas se divertem conhecendo e falando sobre suas histórias, sobre suas aventuras, sobre as postagens nos Blogs, blogueiros de plantão que adoram uma discussão, os temas são diversos...
Pessoas que depois de muito tempo, se reencontram pra botar o papo em dia, poxa que legal ne? Outros que entre um gole e outro da caninha brava segue rodando sua Cadeirinha e curtindo a presença e a alegria de todos, papo vai papo vem, as crianças se divertem..
É, gente bonita era o que mais se via, eram muitas pessoas diferentes, sei lá, coisa de louco, sempre tem um milhão de gente que eu não conheço nesses encontros RS, mas..
E eu na minha velha e peculiar timidez, onde me faço presente, nas brincadeiras, nas piadas, nos risos e nas conversas cabeças com pessoas que jamais sonharia um dia conhecer, pessoas que se unem em busca de uma coisa chamada, amizade, isso é algo que não se encontra fácil por aí não é mesmo?
Hoje refletindo sobre tudo nessa vida louca da gente, onde vivemos correndo, cheio de afazeres e fazendo mil atividades, resumindo, não temos aquele tempo pra se dar pra um amigo, ou pra aquela companheira de todos os dias que está ao nosso lado, é, esse dia foi o dia pra curtir essas coisas boas da vida. Tirar um lazer, sorrir bastante, beber bastante, seja água, ou seja aquela que contém uns % de álcool, comer de mais ou de menos, enfim, comemorar com os amigos mais um dos encontros da vida, e receber diante de tudo isso um “novo aprender” um com a história do outro, suas dificuldades, suas conquistas, falar sobre as diferenças, expor suas idéias de vida,e é claro, debater sobre a deficiÊncia na sociedade.
E foi assim que descrevo sobre esse encontro, onde foi ali que junto com os amigos e novos amigos e/ ou personagens passei ótimos momentos, momentos estes que me fizeram voltar pra casa feliz, sabe aquele Up? Então, me senti assim, espero pelos próximos, onde surgirão cada vez mais, mais pessoas, mais histórias, mais lições de vida.
Deixo aqui pra quem quiser ler, comentar e participar o endereço do Blog, http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/
...E os meus agradecimentos ás meninas que foram comigo; Debs,Lets e Aline, “ pois me deram carona ui” (3 mulheres no carro), de vez em quando o mal’acabado passa bem né?rs ...Debs, valew queridonaa, Lúcio, obrigado pela oportunidade cara, de estarmos juntos.
...!! foi 10.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Não, não... obrigado!
Quantos aqui já notaram que, às vezes, o portador de alguma deficiência física, passa à impressão, para algumas pessoas, de ser preguiçoso ou acomodado com a sua situação?
Muitos, no intuito de ajudar, acabam por nos colocar em uma saia justa. (com minhas pernas cheias de cabelos, não fica nada agradável... RSS). Arranjam tratamentos, consultas, etc, se colocam à disposição para nos acompanhar em tudo que for necessário, mas na hora H (desculpem o termo, mas...), literalmente broxam!
Recentemente ocorreu um caso assim comigo. Uma pessoa, muito bem intencionada, disposta a me proporcionar uma melhor qualidade de vida, me inscreveu em uma entidade de reabilitação. Após me fazer as promessas de praxe e eu aceitar, todo feliz, pois seria algo muito bom para mim. Fez correr os tramite necessário e depois da consulta marcada o discurso mudou para: “Eu posso te levar, mas não poderei esperar para te trazer. Teria como fazer assim?”. (eu mereço???)
Em meu caso, particularmente, quem cuida de meus cuidados diários é meu pai. Ele é o tipo do pai coruja, que mantém velhos hábitos, de quando eu ainda era criança até os dias de hoje. Um deles é, sempre que acorda de madrugada ou se levanta pela manhã, dá aquela passadinha básica pelo meu quarto para ver se estou descoberto, etc. Depois que fiquei tetraplégico, essa atenção se multiplicou, pois, agora ele também passa para saber se tenho sede, calor, se é necessário dar uma endireitada em minha postura, pois os espasmos noturnos sempre dão um jeitinho de me desarrumar. Enfim, cuidados de quem ama e faz de tudo para o meu bem estar. Sem pedir ajuda de outros! Quando acontece algo do gênero “promessa seguida de descumprimento” (tipo... tentar lograr o santo, sem acender a vela... RSS) sobra para quem??? Para meu painho, lógico!
As pessoas que não participam do dia a dia de nossas vidas, desconhecem o ritmo da casa, dos cuidados necessários e, principalmente, de quem executa os tais cuidados. Por esses motivos, não saiam por aí cheeeeeios de boas intenções arranjando coisas que, no fim das contas, se reverterão em mais trabalho para os cuidadores que já estão sobrecarregados com os seus, os meus, os nossos cuidados e não necessitam de gente que “coloca lenha na fogueira, mas se houver um incêndio, não ajuda a apagar” (tipo... isso é passar atestado de incompetente e assinar embaixo ao não cumprir o prometido), arranjando serviços extras para complicar um pouquinho mais algo que, por si só, já é complicado.
Se for para tentar ajudar assim, por favor, não se incomode, pois já damos muiiito trabalho sem a sua ajuda... rss... e saiba que “QUEM AJOELHOU, TEM QUE REZAR”
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Filha do carnaval
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Convite super especial, vamos nessa?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Kamikazi – O Desafio
Á algum tempo atrás eu teclava com uma amiga sobre um desejo meu, andar de Montanha Russa. Para minha surpresa a garota também gosta de ser arrojada, mas como quase todos sabem os parques de diversões não permitem que pessoas, com um comprometimento físico maior, embarquem em determinados brinquedos, já estávamos pensando na hipótese de abrir um sem restrições... rss.
O fato é que se, o indivíduo não pode se segurar, mantendo a estabilidade corporal no brinquedo, nem adianta chorar para quebrantar o coração do tiozinho que está controlando o embarque da bagaça. A primeira coisa que você verá nesses parques, junto a alguns brinquedos, será a placa de que é “restrito para portadores de deficiência física” como vocês podem notar no site do Beto Carreiro, nas perguntas mais freqüentes está a seguinte informação:
"Alguns brinquedos possuem restrição de idade e altura ou exigem acompanhamento de um adulto. Há atrações restritas a gestantes, cardíacos e deficientes. As restrições são informadas através de placas de sinalização e através de monitores nas atrações. Toda precaução necessária para oferecer segurança aos nossos visitantes".
E aí? O que fazer nessa hora? Óhhh, vou dar uma volta radical no trenzinho em forma de centopéia ou vou ser mais arrojado e aloprar no carrocel? (definitivamente broxante)
Apesar de alegarem ser para a segurança do estrupiado, nenhuma alegação irá curar esse trauma de não poder realizar meu sonho (pura manha). Garanto que há muitos que também gostariam de radicalizar um pouco e fazer correr adrenalina nas veias, só para sair da rotina.. rss
Em um post anterior eu descrevi para vocês como foi meu dia em um parque aquático. Desta vez, resolvi fazer valer o apelido de Kamikaze, dado por um amigo meu, e pirei geral. Fomos em um outro parque aquático, perto aqui de Curitiba, que possui um tobogan de 25 metros de queda. Vocês saberiam o nome desse bagulho? Exato, “Kamikazi” tbm!
O bom desse parque é que tem uma acessibilidade ótima, os funcionário simpáticoas e colaboradores ajudam no que for necessário. Rampas te dão acesso a todos os lugares (piscinas, restaurante, banheiros adaptados), inclusive ao topo desse tobogan... “SEM RESTRIÇÃO PARA DEFICIENTES FÍSICOS”. Aeeeeee
Falei com o salva vidas se eu poderia descer e se ele me pegaria ao chegar. Ele sorriu e deu o “OK”. Começamos a subir, um moço se ofereceu para ajudar na escalada. Quando cheguei no ponto da descida perguntaram, meio descrentes, se eu iria descer. A resposta foi um “SIM”, seguido de um sorriso largo. Consegui ver vários sorrisos se abrindo e um murmurinho se ouvia: “o cara vai descer”. Pedi para avisarem o salva vidas que eu ia descer, me colocaram na posição e...(já sabem o tamanho dos olhos arregalados). Então, ficou Kamikazi (eu) X Kamikazi (tobogan)
Confira no vídeo como foi a descida e o resgate... rsss
Link do vídeo no you tube...
www.youtube.com/watch?v=OxrwHqHNU_0
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Um ninho para amar
Já ouviram falar que bobeira de hoje historia de amanhã?!?!
Pois é eu coleciono incontáveis dessas, mas algumas delas seria quase uma heresia não contar!
La vai...
Estávamos la na cidade de céu azul de nuvens doidas, depois de uma “baladinha” ótima, e esgotadas as possibilidades da noite, eis que surge uma idéia :
- Meu amigo falou que tem um motel que chama... chama... chama.... tempos depois e por dedução descobrimos o nome! (ele)
- Sei chegar la, então beleza! (eu)
Sendo que esse é famoso tem até coelhinhos da Playboy ( categoria dos motéis).
- IIIIhhhhh, só tem um probleminha, será que é acessível? (acessibilidade é sempre uma questão importantíssima para deficientes físicos ou pessoas com mobilidade reduzida).
Comentei com UMA amiga, e em 2 minutos TODAS já me cercaram com uma idéia brilhante:
- Vamos chegar em casa pegar o telefone na net e ligar lá para saber, enquanto isso você vai devagar a caminho do mesmo!
Por isso eu sempre digo, quem tem amigos tem tudo, te ajudam sempre até no que nunca pensávamos que precisaríamos! Kkkkkkkk
Minutos depois a esperada ligação:
- Então, ligamos la, é acessível, tem vaga, tudo certo!
O que escutei depois dessa frase é impublicavel! Rsrsrsrs
La vamos nós...
Chegando la, pergunto ao interfone, qual suíte acessível eles dispõem.
A voz do interfone diz: -TODAS as nossas suítes são acessíveis!
Fizemos nossa escolha e “bora la” procurar a danada...
No caminho... o “mocinho”, já foi me falando:
Su, a porta é muito estreita! (foi observando as portas das suítes que estavam com a garagem aberta).
Su, a porta é muito estreita você não acha?!
E eu tralalala tralalala, nem dando atenção achando que estava se referindo ao tamanho da garagem, sugerindo que eu não daria conta de estacionar. (por mais que a mulher dirija bem eles nunca conseguem admitir isso).
Quanto chegamos finalmente na nossa suíte.
Escuto uma entonação grave : Suuuuuuuuuuuuuuuu a porta é muito estreita, acho que a cadeira não passa!!!
Putz... era essa porta que vc estava falando?!kkkkkkkkkkkk
IIIhh... primeiro itém brochante!
Testamos, passar até que passou, mas se uma pulga quisesse junto seria impossível!
Entro dentro do quarto para pegar um banquinho para puxar o toldo da garagem, por que a altura de banquinho de bater sola não me permite fazer isso sem esse “acessório”. Estou la dependurada no toldo e naaaaaaaaaaada dele descer! Então pego meu banquinho e saio de mansinho para dentro do quarto, pego o telefone e falo para moça:
Nosso toldo esta com problemas, você poderia mandar um funcionário para ver isso?
Ela responde: A senhora tentou o botão na parede da garagem?
Pensei eu, BOTÃO, QUE BOTÃO?
Então saio novamente e me deparo com uma coisa assim:
Dos males o menor, antes o mico via telefone, do que imagiiiiiiina se alguém passa la justamente quando estou ridiculamente dependurada no toldo!?!? Kkkkkkkkkkkkkkk
Não poderia deixar de falar sobre a acessibilidade do recinto, já que TODAS as suítes são adaptadas!
Alem da porta estreita, ainda tinha cama redonda (é legal, mas incompatível com cadeirantes, maiores detalhes aqui), o banheiro porta estreita como a da entrada, ou seja entrar até que entrava, mas virar lá dentro sem chances, usar o chuveiro piorou, um box minuuuusculo, chegar no sanitário so se derrubasse a parede, na “copa” para chegar até o frigobar, só se desmontasse a mesa!
Sacaram a acessibilidade do local?!!?
Mas vivendo e aprendendo, quando disserem que a suíte é acessível, vale questionar, é acessível ou sem degraus? Existe uma diferença bem grande entre uma coisa e outra nesse caso!
Mas claro que como somos brasileiros e não desistimos nunca, nada disso impediu que ficássemos por la uma bagatela de 10 horas! Acho que é um tantinho bom, né?!!? Mas é que temos muuito sono! Kkkkkkk
Talvez isso respondesse alguns questionamentos quanto a sexualidade! (ainda vou falar sobre isso com mais detalhes).
Fora que eu tenho uma técnica quase infalível para matar o mocinho do coração, essa eu uso quase todas as vezes, mas ele sempre cai! Ahahahhahaha
É simples... nunca me lembro da cadeira, ela é sempre uma mera coadjuvante (ainda bem que ela não fala,né?!), sendo assim para não incomodar o mocinho evito de acender a luz, fazer barulhos, coisas triviais, mas sempre quebro o “pacto” de silencio quando me arrebento na cadeira e ele quase morre de sustos, sempre falo para mim mesma, da próxima vez acendo a luz, pelo ao menos economizo o coração do mocinho para outras emoções, digamos... mais fortes e claro, seria um hematoma a menos na minha canela!
Continuando a saga...
Reunimos as forças que nos restaram para ir embora, quando chegamos na saída....
Afff esquecemos de pedir a conta! Tumultuamos a fila inteira, para sair dela voltar no quarto pedir a conta e ir embora!! Claro, so pra fechar a coleção de micos do episódio! (kkkk)
No fritar dos ovos tudo é muito simples, por mais que a situação não pareça favorável, o que vale é dar risada, nem que seja de si mesmo!
OBS: O post aborda questões muito serias como acessibilidade, sexualidade, mas é que eu não poderia começar a contar sobre um “mundo” novo pra mim, assim de maneira tão seria, não combina comigo!
Este post foi publicado originalmente no blog da autora Segunda Pele
As imagens são do google e do getty imagens